quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Eu poderia!

E de fato eu poderia. 
Poderia reclamar dos trabalhos chatos, das provas injustas e dos horários ingratos.
Poderia reclamar sobre o saldo bancário, o preço da passagem ou o aperto no metrô.
E de fato eu poderia.
Poderia chorar pela solidão, pelo afastamento ou pela falsidade.
Poderia sofrer o riso dos outros.
Ah, eu poderia!
Poderia dissertar sobre a morte como se fosse uma amiga próxima.
E poderia querê-la como se não houvesse amanhã.
Realmente eu poderia.
O problema, é que eu não quero.




2 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

Gostei demais do texto...

abraços Lucas

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

caraca ... vc leu a minha alma estes dias?

bjão