Passei a semana inteira medindo distâncias e quando deu tempo voltei a viver. Eu te quis sem saber se você me queria. Eu te chamei sem saber se me ouvia. Tropecei nas minhas vontades egoístas e te vi sorrir. Foi assim, só assim.
O cotidiano tomou susto e pediu sossego.
Primeira aula às seis. Professor deu desculpa e abandonou. Dois cigarros e volta para a casa postiça na bicicleta enferrujada. A lua estava cheia, bem cheia.
Arrastei o sofá para me ver de um ângulo novo. Desliguei a TV pela vontade de silêncio. Cantei.
Gato nervoso, mordida. Suspeita de doença perigosa e um sorriso no rosto. Se for para morrer que seja de amor. Se for uma mordida que seja a tua. Nem vi acontecer.
Na receita dada pelo médico simpático “5 doses de VERORAB, uma por semana.”.
Por que todos estão tão preocupados? Por quê?
Um domingo de vento frio e céu branco. “Você já conhece a nossa loja?”. Digo que sim, mas peço uma sugestão. A barista simpática aconselhou acabar a semana com um expresso duplo com baunilha e um disco da Nana Caymmi.