domingo, 1 de dezembro de 2013

Novembro

Voltei de mim onde não fui eu.
Meus olhos estão pesados e sem rima.
Durante a tarde choveu.

Voltei pra cá relembrando.
Esquentei quem estava perto.
O calor veio de mim.

Fiquei opaco fugindo dos cômodos sem saber do que fugia.
Fugi de mim.

Desde muito, hoje troquei a noite pelo dia.
Fazia tempo.

Quando apaga sinto verdade.
Quando voltei me vi aceso.

Nunca me vi no espelho.
Sou estranho à minhas vistas depois que voltei.

Sou tartaruga sem casco.
Sou turquesa e não tenho onde me esconder.

Vivo voltando.
Nunca.
Nunca vou.


Um comentário:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

refletindo muito sobre isto:

Vivo voltando.
Nunca.
Nunca vou.