Voltei de mim onde não fui eu.
Meus olhos estão pesados e sem rima.
Durante a tarde choveu.
Voltei pra cá relembrando.
Esquentei quem estava perto.
O calor veio de mim.
Fiquei opaco fugindo dos cômodos sem saber do que fugia.
Fugi de mim.
Desde muito, hoje troquei a noite pelo dia.
Fazia tempo.
Quando apaga sinto verdade.
Quando voltei me vi aceso.
Nunca me vi no espelho.
Sou estranho à minhas vistas depois que voltei.
Sou tartaruga sem casco.
Sou turquesa e não tenho onde me esconder.
Vivo voltando.
Nunca.
Nunca vou.
Um comentário:
refletindo muito sobre isto:
Vivo voltando.
Nunca.
Nunca vou.
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