Ainda confusa com o diagnóstico positivo saiu da clínica
segurando um envelope pardo e tirando o lenço do pescoço.
Maria, 67, Servidora pública aposentada, Caxias – RJ
Acordou as crianças, deu um beijo no marido e fez café.
Ainda usava pijama quando Jonas, o filho mais novo, abraçou-a e perguntou pelo
pai.
Giovana, 35, Professora de português, Tijuca – RJ
Levantou da cama ainda pensando no pesadelo. Correu rápido
no quarto de Jonas e ele já havia descido. Voltou para o quarto e vestiu o
uniforme do treino de futebol.
Ricardo, 12, Estudante, Tijuca – RJ
Ouviu a voz da mãe lhe chamando e dizendo que era hora de
acordar. Já estava acordado, apenas levantou. Seguiu a mãe até a cozinha e a
abraçou. Perguntou pelo pai sabendo que ele estava fazendo uma escala nova no
Hospital.
Jonas, 7, Estudante, Tijuca – RJ
Ligou para mãe, mas ela não atendeu. Sabia que ela estava
indo ao médico e estava preocupado com sua tosse constante. Tinha esperança de
não ser nada. Continuou a preparar o campo pro torneio de futebol que
aconteceria na escola.
Arnaldo, 27, Professor de Educação Física, Caxias - RJ
Respirou fundo, pensou nos filhos e na Giovana. Queria poder
ver hoje o jogo de futebol de Ricardo. Tinha medo de que seus diagnósticos um
dia fossem para um deles. Odiava dar más notícias, mas “Dona Maria, a senhora
tem um câncer inoperável no pulmão”.
Robson, 41, Médico, Tijuca – RJ.
Um comentário:
Sim, lidar com graves problemas sempre é difícil ... passei por duas situações deste nível em mminha vida mas continuo aqui e remando o barco com absoluta confiança e ainda dando conta ...
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