domingo, 29 de maio de 2011

Adeus

Seguro firme o ferro do metrô gelado
No vão das coisas fúteis
Ele para.

No tropeço contínuo da escada que sobe
Eu subo.
Sem rir.

Ando pensando em me despedir,
Em mudar de quartos.
Da despedida sofro a pena.

Abraço a certeza de não mais te querer aqui
Assopro a fumaça dos dias em que achei rirmos juntos.

Acabou você.
Nós.
Das cordas que nos prendiam.

A piada da graça acabou.
E tu?
As mentiras caíram.
Eu vi quebrar, eu vi.

Se nestas frases a rima não vem, é por que
Querida amiga
Elas foram para longe de nós dois.

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Ao pobre de mim, que ri querendo chorar quando está com você.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando as mentiras caem, nos partem ao meio... uma parte pensa em ficar, enquanto a outra já disse adeus.

Belíssimo poema.

Beijos, querido e ótimo início de semana.