sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não, não é metáfora.

Nada, absolutamente nada¹ atualmente possui o santo direito de se assumir metáfora. A discussão sobre o mundo fica invariavelmente sob a perspectiva racional e sem gosto dos fatos e teses. A criação perdeu o lúdico e adquiriu qualidades dignas de bons advogados. "Esta obra consegue "persuadir" o espectador." - ouvi dizerem. Como pode o espectador no alto de sua dignidade ser persuadido por imagens que deviam deixá-lo persuadir, possuir, recriar? Fico assim, em poucas frases assumindo minha indignação com a falta de imaginação, com a falta de humildade de certos tantos criadores e criaturas. Permita-me analogar a vida com os sonhos. Permita-me extrair o de dentro para digerir o de fora.

¹- Permitam-me generalizar.

2 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

"Permita-me analogar a vida com os sonhos. Permita-me extrair o de dentro para digerir o de fora."

Perfeito isto ...

Tainá Rei disse...

Escrever (criar) para viver, my dear friend.