quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aos nove.

Foi no ano de 1999. Eu estava parado na rua juntos dos amigos do bairro esperando começar mais uma partida do jogo fácil que era repetido noite adentro até as mães aparecerem nos portões e chamarem todos para dormir. Nesse dia em especial, alguma coisa dentro mudou. Eu tinha nove anos. Havia vivido nove anos sem dúvidas ou incertezas da vida, mas nesse dia sim o mundo mudou. Eu mudei por dentro. Sentado na calçada eu me perguntei se os números da idade, se a vida, se os sonhos passam. Foi inocente e prepotente pensar nisso, mas é a única coisa clara que me lembro da época. 
Agora no intervalo do resumo sobre arte renascentista parado com o café e o cigarro na mão, volto a me indagar as mesmas questões. A minha única certeza é que daqui a alguns tantos anos vou lembrar-me disso e achar uma enorme prepotência.

2 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

eu sou um eterno prepotente!

Anônimo disse...

Eu não me lembro quando deixei de ser criança para ser adulta, mas posso lhe garantir que foi bem depois dos nove anos. Vc foi precoce... mas eu sei, há coisas que não mudam, parece que nascem com a gente.

Gostei daqui.Virei outras vezes.


Beijos e ótimo dia.